Fui el primero que representase las imaginaciones y los pensamientos escondidos del alma
And yet, to me, what is this quintessence of dust?
O Eu próprio é tema e objeto da literatura desde a Antiguidade. Contudo, na época de Cervantes e de Shakespeare, observa-se uma inflexão, parte ativa das transformações que sacodem a sociedade europeia de então. Nas obras destes autores, a representação ficcional da pessoa interior dá lugar a personagens cujos discursos manifestam graus subtis de consciência subjetiva. Este processo de interiorização leva a explorar questões como a dúvida moral, os foros de consciência e os conflitos constitutivos da individualidade, o que contribui para o reforço do lugar da autoanálise e da sua expressão verbal no mundo cujas fronteiras geográficas se desmultiplicam e se reconfiguram à medida que as sociedades perfilam grandes mudanças em todos os seus contextos.
Partindo destas e de outras coincidências, decide-se voltar o nosso olhar sobre Cervantes e Shakespeare antecipando o quadragésimo aniversário das suas mortes, ocorridas no mesmo ano de 1616. O Colóquio Montevideana XI convoca à releitura destes escritores desde a América Latina, não apenas na análise dos seus textos, mas também nos diálogos que suscitam reinterpretações, recriações, versões, traduções e trasladações que originaram múltiplas leituras.
Para informação académica e envio dos resumos das comunicações (antes de 28/02/15):
Organizam: Departamentos de Letras Modernas e de Teoria e Metodologia Literárias da Facultade de Humanidades e Ciências da Educação, Universidade da República
Comité Académico: Eleonora Basso, Alma Bolón, Lindsey Cordery, Federico Giordano, María de los Ángeles González, Emilio Irigoyen, Gabriel Lagos, Fernando Ordóñez, Claudia Pérez, Gustavo Remedi, Louise von Bergen.
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